segunda-feira, 4 de novembro de 2013

a chuva bate em minha porta, eu não me importo
estou ouvindo vanguart, lendo um livro que fala sobre o amor do meu Pai e sendo eu
sendo apenas eu, que nenhum de vocês conhecem
reescrevo, resisto, reinvento, escrevo outra vez, volto lá, alá, acá, ali,
o que resulta em algo que eu não sei bem o quê
pra que agradá-los?
eles não se importam, ninguém se importa
a ignorância corroe seus cérebros
o orgulho? também, mas esse faz parte de mim
vamos deixá-lo de lado
vamos pra varanda, tocar uma música em sol maior, e recitarei meus versos bem guardados
ou não
como diz florbela: "... que a boca da mulher é sempre linda se dentro guarda um verso que não diz"
eu já não sou mais quem eu fui?
como eu errei?
te senti daqui, daqui desse cais
nessas praias, nessas ruas, não me afoguei;
confusão, prova, cotas
e então
eu abro o bloco de notas
e escrevo sobre você
você? você quem? eu
é que eu sou 1/2 confusa
e 1/4 desastrada
mas você é a 'vida da minha vida'
acho que tá claro,
minha mãe me diz que não sou dessa época, e eu concordo com ela
vou engolir essa necessidade de nada
morre o medo que cantei a um tempo atrás que veio de longe?
lágrimas mal interpretadas na minha blusa
que chuva, que chuva!
mas e daí? vamos entrar em cena
me traz um café e me faz um cafuné
me tira daqui, eu juro que não volto mais
não quis te conhecer, não caberá, não dá
solo de dois? em um apartamento descendo uma tal de vila moraes
é vão, é cão, é chato, é gato
para por um segundo, me olha
branquinha, pequena, pijama, oxford
por que nós? 
ainda que eu não passe de pó 
em minha grande pequenez ressalta Ele
O amor que salva vem D'ele
meu sol é Ele
minha paz é Ele
meu viver é Ele
Ele fala ao meu coração:
o que importa o que os homens falam, filha?
eu te conheço como ninguém, eu cuido de você
confie em mim.

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